segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

EVENTOS

 II MOSTRA DE PROJETOS DINAMIZADORES DO CURRÍCULO

No dia 07/12/2011 as escolas pertencentes à SRE de Colatina participaram da II Mostra de Projetos Dinamizadores do Currículo. A Mostra aconteceu na Praça do Sol Poente - Colatina -ES e foi um sucesso! A EEEM Antônio Eugênio Rosa estava lá apresentando trabalhos manuais realizados pelos alunos no mês de novembro/2011 nas disciplinas de Matemática, Arte e Biologia.





REALIZANDO OS TRABALHOS NA ESCOLA







PROPOSTA PEDAGÓGICA


APRESENTAÇÃO

O Ensino Médio é parte da Educação Básica. É parte da formação que todo brasileiro jovem deve ter para enfrentar a vida adulta com mais segurança. A consolidação do Estado democrático, as novas tecnologias e as mudanças na produção de bens, serviços e conhecimentos exigem que a escola possibilite aos alunos integrarem-se ao mundo contemporâneo nas dimensões fundamentais da cidadania e do trabalho.

Os diversos atores que compõem a escola precisam ter clareza de que a necessidade de uma Proposta Pedagógica antecede a qualquer decisão política ou determinação legal, visto que todos os envolvidos nas práticas escolares devem vislumbrar o horizonte onde querem chegar com seus alunos. É preciso planejar as ações educativas da mesma maneira como se planejam outras dimensões da vida e da sociedade em geral. A escola deve ser norteada por uma Proposta Pedagógica compreendida como a sistematização, nunca definitiva, de um processo de planejamento participativo, que se aperfeiçoa e se concretiza na caminhada, que define claramente o tipo de ação educativa que se quer realizar.


A educação que pretendemos está comprometida com a construção de uma cidadania consciente e ativa, com a possibilidade do educando compreender e posicionar-se frente às transformações da sociedade, participando da vida produtiva, relacionando-se com a natureza e convivendo com o mundo contemporâneo de forma autônoma. Esperamos que esse educando valorize o conhecimento, os bens culturais e o trabalho; selecione o que é relevante investigar e pesquisar; construa hipóteses; compreenda e raciocine logicamente; compare e estabeleça relações; adquira confiança em si próprio com capacidade de pensar e encontrar soluções. Com base nestas expectativas esta Proposta tem por fim nortear os trabalhos da EEEM “Antônio Eugênio Rosa” no ano letivo de 2011 cujos objetivos centram-se na efetivação da aprendizagem dos seus alunos.

I – IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR

1- Denominação:
Escola Estadual de Ensino Médio “Antônio Eugênio Rosa”

2- Mantenedor:
Governo do Estado do Espírito Santo

3- Endereço:
Rua: Galdêncio Sousa, 83 – Itapina – Colatina – ES
Telefone: (27) 3743 1907
e-mail: escolaantoniorosa@sedu.es.gov.br

II – CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO:

1. Objetivos da Escola

Inspirada nos princípios de liberdade, nos ideais de solidariedade humana e atendendo aos preceitos descritos na Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996 a educação desta escola tem por finalidade:
· Garantir o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

2. Objetivos da Oferta Escolar

Esta unidade de ensino em conformidade com Regimento Comum das Escolas Estaduais do Espírito Santo e Resolução CEE 1286/2006, ministra o Ensino Médio.

3. Objetivos Específicos:

O Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, com duração mínima de três anos, terá como objetivos:

  • consolidar e aprofundar os conhecimentos do educando adquiridos no Ensino Fundamental, possibilitando o prosseguimento dos estudos;
  • preparar basicamente o educando para o trabalho e para o exercício da cidadania, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores.
  • aprimorar o educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
  • levar o educando a compreender os fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.

4. Turnos e Horários de Funcionamento:

4.1- Turno: Matutino

4.2- Horário de Funcionamento:

· Horário de aula: 7h 20min às 12h 20min.
· Recreio: 10h 05 min. às 10h 30min.
· Horário da Secretaria: 6h 30min. às 12h 30min.
· Horário da Direção: 6h 30min. às 12h 30min.
· Horário da Biblioteca: 6h 30min. às 12h 30min.

5. Capacidade de Matrícula

A EEEM “Antônio Eugênio Rosa” tem capacidade real de matrícula para atender até 330 alunos. Atualmente tem 103 alunos matriculados e frequentando.

6. Organização das Turmas:

As turmas são organizadas de acordo com a localidade dos alunos, pois a grande maioria utiliza o transporte escolar e esse critério de organização facilita o desenvolvimento de atividades extraclasse.

III – CARACTERIZAÇÃO DA DEMANDA ATENDIDA PELA ESCOLA E DA COMUNIDADE EM QUE SE INSERE:

1. PERFIL DOS ALUNOS

A maioria dos alunos desta Unidade de Ensino reside nas localidades vizinhas e depende do transporte escolar para frequentar a escola. A faixa etária desses alunos está entre 14 e 21 anos. São filhos de lavradores os quais sobrevivem do cultivo da terra e outros, formando uma clientela bastante diversificada, onde predomina alunos de nível sócio econômico baixo. Poucos são os que residem na sede do distrito. Estes por sua vez são filhos de funcionários públicos que trabalham na própria comunidade ou em Colatina, filhos de comerciantes da localidade e também filhos de trabalhadores rurais diaristas. Todos moram com suas famílias, as quais em sua maioria possuem quatro ou cinco pessoas. O índice de analfabetismo entre os familiares é bem pequeno. A renda familiar varia de acordo com a época do ano. Por exemplo: na época da colheita do café as famílias têm um rendimento maior, pois o café representa a maior fonte da renda da região. Grande parte mora em casa própria e reside com os pais.

O tempo gasto no percurso entre a residência do aluno e a escola é em média de 1 hora a 2h de viagem. Alguns alunos trabalham na lavoura para ajudar no sustento da família, enquanto outros fazem trabalhos mais leves. A grande maioria não trabalha só dedica seu tempo aos estudos. Às vezes, em época de colheita, há alunos que faltam as aulas para ajudar os pais no trabalho. As atividades de lazer são realizadas, geralmente, duas vezes por semana, ou seja, aos sábados e domingos, sendo essas atividades: jogos de futebol, festas e visitas às igrejas. Alguns alunos da comunidade de Itapina frequentam a única quadra esportiva existente na localidade, que por sua vez encontra-se em péssimas condições de uso, mas usam para jogar futebol de salão ou vôlei. Essa mesma quadra é utilizada também para festas da comunidade que costumam acontecer de uma a duas vezes ao ano.

O acesso aos meios de comunicação como jornais e revistas se dá através da escola, pois na localidade não há banca de revistas nem biblioteca pública. A leitura ainda não alcançou espaço reservado na agenda dos alunos, mas na medida do possível, a escola vem tentando mudar esse quadro dando maiores oportunidades de acesso aos recursos que viabilizam o hábito de ler. Vale mencionar que a biblioteca da escola nos últimos tempos vem sendo visitada com mais frequência devido à ênfase que a escola e a TV têm dado à leitura. Poucos são os alunos que apresentam distorção idade/ série. Há casos isolados nas três séries, mas pelo que tudo indica irão até o final, ou seja, concluirão o ensino médio.

2. PERFIL DA COMUNIDADE

Itapina localiza-se a 28 km de Colatina, é formada por longa faixa de terra contornada por montanhas e banhada pelo Rio Doce e o seu afluente Córrego Lage. A comunidade é formada por pessoas simples e acolhedoras. Poucas não foram alfabetizadas. Há uns 40 anos atrás, Itapina era uma próspera vila pertencente ao Município de Colatina. A vila contava com uma Casa de Saúde, Posto Médico, Farmácia, Igrejas (Católica e Batista), Cartório de Registros, um bom e ativo comércio com lojas e mercearias e uma excelente produção agrícola. O Rio Doce e o Rio Lage sempre garantiram uma produção pesqueira com destaque para camarões, sardinhas, lagostas, além de peixes nobres como o dourado e o robalo.

A atividade agropecuária, principal fonte de renda de propriedades pequenas e de médio porte, baseava-se em culturas diversas como café, arroz, milho, frutas, verduras, criação, caprinos, suínos e bovinos com produção de leite e carne. Nos transportes, a Cia. Vale do Rio Doce, além de garantir o transporte de produtos e passageiros, era responsável pelo emprego de muitos funcionários que garantiam o sustento de várias famílias.

Com o passar dos anos, o desenvolvimento sócio-econômico mudou as condições de vida da população da vila e de várias regiões vizinhas. Itapina foi sofrendo as consequências do êxodo rural e da falta de atividades econômicas que sustentassem o seu desenvolvimento. As pequenas e médias propriedades foram vendidas e seus donos e empregados/meeiros se foram para as cidades em busca de emprego para si e para seus filhos. Caiu drasticamente a produção agrícola. O desmatamento e as queimadas acabaram com os mananciais e as nascentes. A utilização de agrotóxicos nas lavouras e o não tratamento dos esgotos poluíram os rios e secaram as nascentes. A pesca diminuiu como também diminuiu a quantidade de chuva e o clima ficou muito quente.

Hoje, a renda da vila vem de empregos como funcionários públicos, comerciantes, empregados domésticos, poucos meeiros, diaristas e aposentados. A população da vila que na década de 60 girava em torno de 3000 habitantes, hoje não passa de 1000. Já não existe mais a Casa de Saúde nem tão pouco o ativo comércio de anos atrás. Há apenas três mercearias que atendem alguns moradores, pois muitos preferem efetuar suas compras em Colatina, haja vista o grande número de variedades que lá encontram e também pela oportunidade de pechincha. No transporte, a vila amarga uma grande frustração com a ponte inacabada sobre o Rio Doce. A estrada asfaltada passa na outra margem do Rio Doce e esse fato, com certeza, teve grande peso na estagnação de Itapina. Todas as estradas de rodagem que chegam à Vila são de terra, sem asfalto. No aspecto religioso houve um aumento, em se tratando de número de igrejas, pois além da Igreja Católica e Batista, hoje há também as Igrejas Assembléia de Deus, Deus é Amor e Maranata.

A comunidade pouca opção tem para o lazer. As opções que tem são: televisão, jogos no campo de futebol e na quadra esportiva, festinhas na quadra esportiva ou na escola uma ou duas vezes ao ano, barzinhos noturnos (não muito bem equipados) e computadores particulares em algumas residências. Uma vez por ano acontece uma grande festa promovida pela Secretaria de Cultura e Prefeitura Municipal de Colatina quando antigos moradores e turistas visitam a vila para juntos prestigiarem o Festival Nacional de Viola que este ano acontece pela 5ª vez.  De modo geral, as famílias dos alunos da localidade são formadas por aposentados, trabalhadores rurais diaristas e meeiros, funcionários públicos, pescadores, e domésticos. Alguns alunos ajudam seus pais nos afazeres mais simples, mas a maioria só estuda. Há alguns casos de desestrutura familiar, mas são poucos. A maioria vive com os pais ou avós.

IV - CARACTERIZAÇÃO DO CORPO TÉCNICO, ADMINISTRATIVO E DOCENTE

A escola é composta por profissionais comprometidos e capacitados para desenvolver um trabalho educacional fundamentado nos valores da SEDU:

· Respeito ao ser humano
· Comprometimento com resultados
· Disciplina
· Atitude ética
· Transparência
 
Esses profissionais atuam de forma responsável e positiva sempre em busca de um ensino de qualidade para fazer frente aos desafios postos por um mundo em constante mudança. O ensino médio é parte da formação que todo brasileiro jovem deve ter para enfrentar a vida adulta com mais segurança. Por isso, todos os profissionais desta instituição assumiram esse compromisso. Esses profissionais são:

Com objetivo de melhorar a qualidade do processo de ensino/aprendizagem, os docentes desta instituição participam de capacitações, reuniões e jornadas pedagógicas promovidas pela SEDU e SRE de Colatina, bem como aquelas promovidas pela própria escola.

V – PRECEITOS FILOSÓFICOS E PEDAGÓGICOS DA ESCOLA

O homem é um ser histórico que se realiza no mundo com possibilidade de aprender durante toda sua existência, com direito ao desenvolvimento físico, emocional, intelectual e social; direito à apropriação do conhecimento e dos bens culturais produzidos pela humanidade e direito à construção da sua identidade pessoal. Através da ação educativa o meio social exerce influências sobre os indivíduos e estes, ao assimilarem e recriarem essas influências tornam-se capazes de estabelecer uma relação ativa e transformadora em relação ao meio social. Tais influências se manifestam através de conhecimentos, experiências, valores, crenças, modos de agir, técnicas e costumes acumulados por muitas gerações de indivíduos e grupos, transmitidos, assimilados e recriados pelas novas gerações. Em sentido amplo a educação compreende os processos formativos que ocorrem no meio social, nos quais indivíduos estão envolvidos de modo necessário e inevitável pelo simples fato de existirem socialmente; neste sentido, a prática educativa existe numa grande variedade de instituições e atividades sociais decorrentes da organização econômica, política e legal de uma sociedade, da religião, dos costumes e das formas de convivência humana.
 
A escola, campo específico de educação, não é um elemento estranho à sociedade humana, um elemento separado, mas “uma instituição social, um órgão feliz e vivo, no conjunto das instituições necessárias à vida, o lugar onde vivem a crença, a adolescência e a mocidade, de conformidade com os interesses e as alegrias profundas de sua natureza (....)” Dessa concepção positiva da escola, como uma instituição social, limitada na sua ação educativa, pela pluralidade e diversidade das forças que concorrem ao movimento das sociedades, resulta a necessidade de reorganizá-la, como um organismo maleável e vivo, aparelhado de um sistema de instituições susceptíveis de lhe alargar os limites e o raio de sua ação.

A escola exerce um papel social de fundamental importância na clientela em que atua. Não existe para transmitir “dogmas” ou “verdades acabadas”, mas para sair em busca e em direção ao novo. E se ela não o fizer a “novidade”, continuará sendo construída fora de seus muros. A escola precisa sentir-se parte integrante de um mundo que se transforma a cada dia e que necessita integrar-se cultural, mas, sobretudo socialmente. Cabe à escola transformar o mundo em local de eleição para o homem que quer viver em plenitude e aventura da vida. A escola não é, nunca foi e não poderá ser o monopólio do saber. Ela existe para estimular e desafiar a razão, para libertar a inteligência que vive em constante busca de sua plenitude e de suas possibilidades. Com os desafios da modernidade, depara com situações que a obrigam cada vez mais seguir em busca de inovações. A criança e o jovem de hoje tem pressa, e a escola não pode deixar para depois.

Hoje a sociedade quer uma escola aberta ao debate, uma escola que seja um instrumento privilegiado do desenvolvimento integrado e solidário e que promova a redescoberta dos valores éticos individuais e comunitários. Esse desenvolvimento só ocorrerá se a mesma puder contar com elementos e condições internas e externas que viabilizem o cumprimento de sua missão fundamental que é educar para a vida.

O mercado precisa de indivíduos preparados, capazes de desempenhar tipos de atividades e tarefas que definam as novas formas de trabalho. Dar conta desse papel é desafiador. Os educadores jamais poderão se isolar, ou seja, jamais poderão limitar seu trabalho à sala de aula. O conhecimento e a informação não são mais patrimônios exclusivos da escola. Esta precisa estar sempre em sintonia com o mundo lá fora para que possa ser eficiente e rápida.

A EEEM “Antônio Eugênio Rosa” não se detém a uma única linha filosófica por considerar que não contemplaria todas as necessidades dos professores e dos educandos. Porém, por considerar que o educando constrói seu conhecimento com a orientação do professor, a equipe procura seguir os preceitos filosóficos de Jean Piaget, Levy Vigotsky e Paulo Freire.

Piaget, considera que a educação deve possibilitar um desenvolvimento amplo e dinâmico desde o período sensório-motor até o operatório abstrato, a escola deve partir dos esquemas de assimilação da criança, propondo atividades desafiadoras que provoquem desequilíbrios e reequilibrações sucessivas, promovendo a descoberta e a construção do conhecimento. E mais, os objetivos pedagógicos necessitam estar centrados no aluno, a aprendizagem depende do nível de desenvolvimento do sujeito e a interação social favorece a aprendizagem.

Vigotsky faz relação entre desenvolvimento e aprendizagem levando em conta o meio onde o indivíduo vive, ou seja, “quanto mais o indivíduo aprende mais ele se desenvolve”. Segundo Vigotsky o professor tem o papel explícito de interferir na zona proximal para provocar avanços nos alunos. Paulo Freire, em sua metodologia, prega que não há conhecimento pronto e acabado para promover uma educação emancipadora que instiga a curiosidade epistemológica (conhecimento-teoria) e o desejo de saber mais. Desta forma, quando os alunos ampliam os saberes que construíram ao longo da vida, acabam atribuindo-lhes sentidos e valorizando-os, na medida em que se percebem produtores de cultura e de conhecimento. “Se se respeita a natureza do ser humano, o ensino de conteúdos não pode dar-se alheio à formação moral do educando. Educar é substancialmente formar.”

Enfim, todos esses pensadores nos levam a acreditar no potencial do aluno e na sua capacidade de aprender. Portanto, é nessa linha de pensamento que pretendemos desenvolver o processo ensino-aprendizagem, respeitando o nível de desenvolvimento de cada um e oferecendo subsídios para que os alunos aprendam a aprender, aprendam a ser e a conviver, que tenham uma melhor qualidade de vida. A EEEM “Antônio Eugênio Rosa” organiza seu fazer pedagógico com uma proposta flexível onde os esforços contemplam a contextualização, a interdisciplinaridade e o compromisso com o desenvolvimento do educando em todas as dimensões, pois entende que é a responsável pela construção de um cidadão participativo, consciente e agente de mudança.

A escola proporciona um ambiente aberto ao debate da cidadania, da liberdade, da responsabilidade, da justiça, do respeito social, da democracia e da igualdade de oportunidades. Trabalha de maneira tal que seus alunos consigam pensar com autonomia e independência, que sejam sujeitos críticos e construtores do próprio conhecimento, que saibam usar bem os recursos do meio em que vivem e que tenham as competências básicas de falar, escrever, ler, ouvir, interpretar e lidar com quantidade e números. Os Planos de Ensino foram organizados de acordo com o Novo Currículo Básico das Escolas Estaduais do Espírito Santo e contemplam as competências necessárias e indispensáveis ao desenvolvimento do cidadão que pretende formar.

VI – ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA – 2011 ENSINO MÉDIO

O currículo da EEEM “Antônio Eugênio Rosa” tem como referência O Novo Currículo Básico Comum do Estado do Espírito Santo (CBC). Objetiva desenvolver competências e habilidades para continuar aprendendo, de forma autônoma e crítica, em níveis mais complexos de estudos e proporcionando orientação básica para sua integração no mundo do trabalho.A escola entende que currículo não é apenas um conjunto de disciplinas e sim todas as ações que se desenvolvem oferecendo aos alunos conteúdos que contribuam para a convivência social, política e cultural, respeitando suas aptidões e valorizando seus interesses, sem perder de vista a base nacional comum que garante a unidade do ensino.

Compreendemos que os conteúdos são meios que contribuem para que o aluno desenvolva sua capacidade de pensar e agir ampliando seus conhecimentos, construindo e testando suas hipóteses para a compreensão da realidade. Além dos conteúdos básicos de cada disciplina também serão abordados os temas transversais como ética, saúde, meio ambiente, orientação sexual e pluralidade cultural e temas locais. Esses temas permearão todas as disciplinas do ensino fundamental e médio, dando-se ênfase ao que cada uma possa explorar em cada tema na medida em que surgirem.

VII – ESPAÇOS FÍSICOS E EQUIPAMENTOS DISPONÍVEIS E SUA UTILIZAÇÃO

A EEEM “Antônio Eugênio Rosa”, funciona no prédio de EMEF “Maria Ortiz”, situado à Rua Galdêncio Souza, 83 – Itapina – Colatina – ES.

A construção está edificada sobre sólidas bases de cimento e concreto, a maior parte do teto em laje é coberta com telhas de amianto, as paredes são de alvenaria e o piso em cimento liso. A entrada para seu interior se faz por dois portões, sendo um maior para os alunos, que dá acesso ao pátio e outro menor, para profissionais e visitantes, que dá acesso à secretaria, sala da coordenação, salas da direção das duas escolas, pátio e demais dependências.

VIII – PROPOSIÇÕES DE INSERÇÃO SOCIAL DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS (infra e superdotados) E DE ATENDIMENTO AO ALUNO TRABALHADOR

A escola busca junto às famílias e aos órgãos competentes alternativas para inserir e trabalhar com os alunos Portadores de Necessidades Educativas Especiais proporcionando-lhes qualidade de vida através da inclusão na sociedade, sem distinção e discriminação social. Procura adaptar, dentro de suas possibilidades, recursos didáticos voltados a atender as necessidades de cada um. Ao aluno trabalhador lhe é dada oportunidade de acesso à escola dentro das limitações da mesma, ou seja, na EEEM “Antônio Eugênio Rosa” a combinação escola-trabalho é corrente entre jovens de famílias trabalhadoras visando complementar a renda familiar. É aberto o diálogo sempre que há necessidade com objetivo de criar condições para que o aluno se desenvolva integralmente.

IX – RELAÇÃO DE PARCERIAS ESTABELECIDAS COM A COMUNIDADE LOCAL, INSTITUIÇÕES E ÓRGÃOS DA REGIÃO

A EEEM “Antônio Eugênio Rosa” conta com a parceria dos seguintes órgãos, comunidade, instituições e profissionais:

· EMEF “Maria Ortiz” – fornecendo mobiliários dos quais ainda não foram adquiridos pela escola com verbas recebidas ou disponibilizados pelos órgãos competentes. Dentre esses recursos vale citar: computadores e todo mobiliário utilizado pelos alunos, professores e demais funcionários.

· Prefeitura Municipal – fornecendo o espaço físico, funcionários para preparação da alimentação escolar, bem como todo mobiliário necessário ao funcionamento da escola;

· Secretaria Municipal da Cultura – proporcionando a participação da escola nos projetos: Fenaviola e Mostra de Audiovisual Etnográfica;

· Equipe da Unidade de Saúde local – interagindo com palestras sempre que solicitada;

· Associação de Moradores – interagindo nas apresentações e culminâncias de projetos;

· Conselho Tutelar – prestando atendimento sempre que solicitado;

· Policia militar – presente quase todos os dias na porta da escola no horário da chegada e saída dos alunos.

· Profissionais da SRE de Colatina – dando suporte aos projetos desenvolvidos pela escola, assim como também outras atividades de caráter administrativo e pedagógico;

· Instituto Terra – incluindo a escola num projeto de educação ambiental;

· Amigos da Escola – proporcionando aos alunos ensaios de coreografias para apresentações em culminâncias de projetos ou comemorações.

X – PROCESSOS DE ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL COM A FAMÍLIA E A COMUNIDADE:

A Constituição Federal (1988), em seu Art 205, declara que a educação é direito de todos e dever do Estado e da família e que será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. A família tem a responsabilidade de proporcionar aos seus filhos um desenvolvimento pleno. A escola também deve garantir que o aluno aproprie-se dos conhecimentos e dos bens culturais produzidos socialmente pela humanidade de forma crítica e criativa, bem como promover o seu desenvolvimento integral, enquanto ser humano. São missões idênticas. Portanto, a educação de qualidade está ligada ao relacionamento família/escola/comunidade. Ambas precisam caminhar juntas.

O educando precisa de atenção, afeto, segurança e amor, mas precisa também de normas e valores para direcionar seu caminho, pois são essenciais à vida. A escola realiza de uma a duas reuniões de pais ao ano, pois a maioria dos alunos vem de comunidades vizinhas, o que dificulta uma interação mais direta com a família, mas constantemente mantém contato com os pais por telefone (quando acessível) ou por correspondência. Sempre que necessário os pais são convidados a comparecer à escola para prestar esclarecimentos seja por parte deles seja por parte da escola. Em datas comemorativas, culminâncias de projetos, Projeto Família Presente e festas juninas as famílias são convidadas a participar e prestigiar as apresentações de seus filhos. Ao final de cada trimestre é encaminhado aos pais boletim contendo o rendimento e frequência dos alunos. Este é analisado pela família e devolvido à escola.

XI – DESTAQUE PARA PROVIDÊNCIAS DE RESPALDO À MELHORIA PRESUMÍVEL DA QUALIDADE DO ENSINO

Obedecendo aos preceitos legais descritos na LDB nº 9394 de 20 de dezembro de 1996, na Resolução CEE nº 1286/2006 e no Regimento Comum das Escolas da Rede Estadual de Ensino, esta instituição tomará as devidas providências quanto:

· ao processo de classificação e reclassificação;
· ao aproveitamento de estudos;
· à complementação Curricular;
· ao avanço;
· ao atraso escolar;
· aos estudos realizados no estrangeiro;
· à regularização da vida escolar;
· ao currículo;
· à avaliação;
· à recuperação de estudos;
· à promoção.

XII – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DOS ALUNOS, DO DESEMPENHO DOCENTE, DA PROPOSTA PEDAGÓGICA E DA PRÓPRIA INSTITUIÇÃO.

1. Avaliação da Aprendizagem dos Alunos

Num contexto em que se assume a educação como processo de desenvolvimento humano e a aprendizagem como processo reflexivo e interativo de construção do conhecimento, que sentido pode ganhar a avaliação?

Repensar a avaliação implica, necessariamente, em compreendê-la no projeto de formação em que se insere e ao qual deve servir. Se educarmos numa perspectiva construtiva e emancipatória, tendo em vista a formação de personalidades lúcidas, autônomas e íntegras, se reconhecermos nas experiências de escolarização um tempo de formação de identidades pessoais e sociais, nossas decisões e ações acerca da prática avaliativa de alguma forma deverão vincular-se à concepção de que no tempo/espaço de formação escolar, toda experiência é significativa. As formas como são vivenciadas as relações interpessoais, a relação com o conhecimento contribui para promover ou bloquear a aprendizagem, elevar ou baixar a auto-estima dos alunos, estimular o esforço e o progresso, fortalecer ou comprometer o gosto pelo saber. Nenhuma ação é meramente técnica ou neutra no processo educativo. A consciência dessa realidade não permite uma abordagem isolada da avaliação escolar. É necessário desenvolver uma reflexão vinculada ao contexto em que se situa: Para que avaliar? O que avaliar? E como avaliar de forma coerente com a legislação de ensino em vigor (LDB - Capítulo II, Art.24, inciso V e Resolução CEE nº 1286/2006 – Capítulo XIII).

Estes recursos nos direcionam na organização de uma Proposta Avaliativa da Instituição como um todo, com a finalidade de mostrar as intervenções necessárias no decorrer do desenvolvimento dos trabalhos – sempre na perspectiva ação/avaliação/ação. Entende-se que avaliação é um processo de construção coletiva pelo qual se discutem rumos, ritmos e ajustes e se realiza intervenções em forma de gestão participativa, não se limitando apenas ao pedagógico da sala de aula. Portanto, a avaliação é um forte instrumento na organização geral do espaço escolar, onde se espera que os alunos se desenvolvam, os educadores se aprimorem sempre, os pais participem mais e os funcionários exerçam bem suas tarefas tornando-as também educativas.

Sempre que pensamos em evolução, mudança, transformação, é preciso pensar também em avaliação, visando melhoria de produtividade e aperfeiçoamento da qualidade do ensino oferecido. A avaliação da apre ndizagem deve ser planejada articuladamente ao que se pretende ensinar e trabalhar com os alunos, para que funcione em mão dupla: focalizando a atuação do aluno, mas sinalizando para o professor o que ele precisa ou não mudar. O aluno deverá ser avaliado no seu rendimento, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, através de observação sistemática; análise das produções realizadas tais como: textos escritos, produções orais, plásticas, musicais, corporais, resumos, resolução de exercícios e pesquisas; intercâmbios orais como diálogos e debates e também através dos tradicionais testes escritos.

 Ao avaliar o aluno o professor deverá estar atento aos seguintes procedimentos:

a) aplicar no mínimo três diferentes modalidades de avaliação no trimestre;
b) observar a pontuação máxima para cada trimestre:
- 1º Trimestre – 30 pontos
- 2º Trimestre – 30 pontos
- 3º Trimestre – 40 pontos
c) no caso de teste, se possível, dividir uniformemente o valor do mesmo de acordo com a quantidade de acertos. O valor do teste e dos acertos é obrigatório no cabeçalho do mesmo;
d) se possível, realizar uma rápida revisão do conteúdo antes de aplicar o teste, principalmente se já passou para outro conteúdo;
e) elaborar questões que não deixem o aluno em dúvida quanto à resposta (ambígua);
f) os testes deverão ser mostrados à diretora antes de sua impressão e aplicação. Após a impressão, uma cópia deve ser entregue para arquivo;
g) informar aos alunos sobre os pontos obtidos em testes e trabalhos, exceto as médias trimestrais, que deverão ser informadas após conferidas pela secretaria da escola;
h) aplicar recuperação paralela em todas as modalidades de avaliação em que o aluno não obtiver êxito, ou seja, 60% de acerto. Tal atitude deverá ser tomada após revisão/explicação dos conteúdos que não foram assimilados pelo aluno;
i) caso o aluno se recuse a fazer a atividade/teste de recuperação paralela, esta deverá ser recolhida contendo observação e assinatura do aluno dando ciência de sua atitude para que seja apresentada à família e posteriormente arquivada na escola;
j) problemas com “cola”, somente tomar atitudes quando pegar o aluno no “flagra”. O professor não deve dar ouvidos a boatos de outros alunos;
k) ao marcar um trabalho, indicar a bibliografia e definir os tópicos a serem abordados;
l) os trabalhos dos alunos poderão ser realizados à mão/ digitados ou datilografados, conforme a capacidade de cada um. Faz-se necessário, caso o professor exija, que se ensine aos alunos como fazer uma capa/introdução/conclusão;
m) trabalhos em grupo devem ser realizados no horário de aula. O professor deverá disponibilizar aulas de acordo com a extensão do mesmo;
n) aplicar atividades/exercícios diversificadas para verificação do conteúdo. O professor não deverá se prender ao livro didático, à leitura e comentários de textos.
 
2. Desempenho Docente

O professor deverá estar em constante avaliação para tomada de decisões que o levarão ao aperfeiçoamento de suas atividades. Diariamente deverá auto avaliar-se a partir dos resultados da aprendizagem dos alunos. Deverá efetuar os registros da sua avaliação.

3. Proposta Pedagógica e Instituição

A avaliação será feita em reuniões coletivas por toda comunidade escolar no início e ao término do ano letivo com finalidade de detectar falhas, estabelecer metas e traçar ações para que os objetivos sejam alcançados. Para esse momento será elaborado um questionário que deverá ser preenchido por todos e seus resultados deverão ser apresentados em plenária.

REFERÊNCIAS

I. LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei Nº 9394/96)
II. Regimento Comum das Escolas da Rede Estadual de Ensino. 2000
III. Resolução CEE/ES nº 1286/2006 de 04/05/2006
IV. Constituição Federal (1988)
V. GADIN, Danilo – Temas para um Projeto Político Pedagógico – Petrópolis, Vozes, 1999.
VI. VASCONCELOS, Celso dos Santos - Planejamento: Projeto de Ensino – Aprendizagem
VII. Como elaborar o Plano de Desenvolvimento da Escola; aumentando o desempenho da escola por meio do planejamento eficaz, 3ª ed. Brasília: FUNDESCOLA DIPRO/FNDE/MEC,2006
VIII. DAVIS, Cláudia ... | et al.|; Sofia Lerche Vieira (org) - Gestão da Escola: desafios a enfrentar
IX. LIBÂNEO, José Carlos – Didática
X. FREIRE, Paulo – Pedagogia do Oprimido
XI. Inclusão – Revista da Educação Especial


Itapina – Colatina – ES, 18/07/11.